Após a derrota por 2 a 0 para a Venezuela nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, a seleção boliviana passou por uma situação inesperada: teve a viagem de retorno bloqueada pelas autoridades venezuelanas. De acordo com relatos da delegação, o voo estava autorizado, mas foi impedido de decolar por supostos “problemas no tráfego aéreo”, apesar de haver poucos aviões no aeroporto de Maturín. Sem explicações transparentes, o time teve de aguardar horas dentro da aeronave antes de retornar ao hotel, gerando indignação interna e promete apurar se houve interferência política para prejudicar a concentração boliviana .
A situação causou estresse na equipe técnica, que já planejava treinar em La Paz para o próximo jogo contra o Chile. O técnico Oscar Villegas classificou a ação como “sabotagem”, acusando o governo Maduro de criar dificuldades para afetar o desempenho da Bolívia. Além dos impactos logísticos, jogadores precisaram lidar com desgaste emocional num momento em que concentração e rotina são fundamentais para rodadas tão decisivas .
Do ponto de vista diplomático, o episódio agrava a relação entre Bolívia e Venezuela. Esferas políticas devem se mobilizar para exigir explicações formais, que ainda não cessaram de emitir informações oficiais. Enquanto isso, a situação serve como alerta sobre riscos extraesportivos que seleções podem enfrentar em ambientes geopolíticos instáveis. Um desdobramento significativo seria a Comissão de Direitos Humanos da CONMEBOL cobrir o caso ou até solicitar intervenção de organismos internacionais.
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